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Microsoft expande portfólio de energia limpa no Japão com novos acordos com a Shizen Solar

Microsoft expande portfólio de energia limpa no Japão com novos acordos com a Shizen Solar

Microsoft expande portfólio de energia limpa no Japão com novos acordos com a Shizen Solar

  • A Microsoft assina três novos contratos de compra de energia solar de 20 anos com a Shizen Energy, garantindo 100 MW de capacidade no Japão.
  • Projetos em Kyushu e Chugoku darão suporte aos data centers locais da empresa de tecnologia enquanto o Japão acelera sua expansão de energia renovável.
  • Os acordos promovem as metas de energia renovável da Microsoft para 2025 e de carbono negativo para 2030, ao mesmo tempo em que reforçam a demanda corporativa no mercado de energia do Japão.

A Microsoft expandiu sua presença em energia renovável no Japão, assinando três novos contratos de compra de energia solar (PPAs) com a Shizen Energy, que elevam seu compromisso total com a desenvolvedora para 100 megawatts.

Os acordos, cada um estruturado como contratos de 20 anos, abrangem projetos localizados nas regiões de Kyushu e Chugoku. Uma das usinas solares já está em operação, enquanto outras duas estão em construção e devem fornecer eletricidade limpa à rede elétrica japonesa nos próximos anos.

Os acordos dão continuidade à parceria inicial da Microsoft com a Shizen em 2023 e refletem a crescente competição entre empresas globais de tecnologia para garantir o fornecimento de energia renovável em mercados onde a eletricidade de baixo carbono continua limitada.

Data centers impulsionam a demanda

A expansão da Microsoft ocorre em um momento em que o Japão busca diversificar sua matriz energética, afastando-se dos combustíveis fósseis e da dependência nuclear, uma mudança que criou demanda por contratos de energia renovável de longo prazo. Para a Microsoft, os projetos apoiarão diretamente a descarbonização de seus data centers japoneses, que ancoram os serviços de computação em nuvem e IA da empresa na Ásia.

A empresa se comprometeu a igualar 100% do seu consumo de eletricidade com energia renovável até 2025 e se tornar carbono negativa até 2030. Esses PPAs representam um passo fundamental para cumprir esse compromisso em um país onde o acesso corporativo às energias renováveis ​​tem sido historicamente lento.

"A aceleração dos PPAs corporativos é fundamental para o caminho de descarbonização do Japão”, disse um analista de energia baseado em Tóquio. “Empresas como a Microsoft fornecem a demanda financiável necessária para trazer nova capacidade online.”

O crescente papel global da Shizen

Fundada em 2011, a Shizen Energy tornou-se uma das principais desenvolvedoras independentes de energia renovável do Japão. A empresa já desenvolveu mais de 1.2 gigawatts em projetos em todo o mundo, incluindo ativos eólicos, hidrelétricos e solares.

Além do trabalho com a Microsoft, a Shizen assinou recentemente um acordo de energia limpa com o Google, reforçando seu papel como parceira preferencial para empresas multinacionais de tecnologia que buscam reduzir suas pegadas de carbono no Japão.

Para a Shizen, os acordos da Microsoft acrescentam certeza de receita a longo prazo e destacam a crescente oportunidade para desenvolvedores capazes de fornecer energia limpa em escala para compradores corporativos.

Contexto de Política e Mercado

O Japão pretende aumentar a participação de energias renováveis ​​em sua matriz energética para 36-38% até 2030, ante cerca de 22% atualmente. Alcançar essa meta exige a aceleração tanto do investimento na rede quanto das compras corporativas. O governo também introduziu um sistema de "certificado de valor não fóssil" para verificar atributos renováveis ​​em PPAs, um mecanismo que os compradores internacionais consideram essencial para a conformidade com padrões globais de divulgação, como o CSRD da UE e a estrutura de relatórios climáticos do ISSB.

A assinatura de acordos plurianuais de energia solar pela Microsoft reflete uma aposta estratégica no cenário político em evolução do Japão. Para investidores e empresas, demonstra como as reformas regulatórias estão começando a abrir oportunidades em um dos mercados de energias renováveis ​​mais desafiadores da Ásia.

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Implicações para líderes globais de ESG

Para a alta gerência, os acordos destacam três tendências que moldam as estratégias de sustentabilidade corporativa:

  • Aumento da concorrência dos PPAs na Ásia, enquanto empresas globais correm para garantir o fornecimento limitado de energia renovável.
  • Alinhamento com estruturas de divulgação, à medida que as empresas buscam mostrar reduções de emissões rastreáveis ​​em mercados onde os atributos renováveis ​​são rigorosamente regulamentados.
  • Papel crescente de desenvolvedores como Shizen, que conectam as complexidades regulatórias locais com a demanda corporativa global.

Enquanto o Japão trabalha para expandir sua infraestrutura de energia limpa, os acordos da Microsoft apontam para uma mudança mais ampla: as multinacionais não estão mais esperando por condições perfeitas de mercado, mas estão garantindo o fornecimento de longo prazo para atingir suas metas globais de carbono.

Significância Global

Os acordos entre a Microsoft e a Shizen ressaltam como a demanda corporativa está remodelando a implantação de energia renovável em economias avançadas com oferta limitada. Para o Japão, eles representam tanto um sinal de confiança dos investidores quanto um impulso para reformas políticas mais rápidas para atingir as metas climáticas de 2030.

Para líderes globais de ESG, os acordos fornecem um estudo de caso sobre como parcerias de longo prazo entre corporações multinacionais e desenvolvedores locais estão se tornando essenciais para a transição para zero líquido — não apenas em mercados emergentes, mas também em economias avançadas que navegam por transições energéticas complexas.

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